quinta-feira, 21 de agosto de 2008

rage and dust

Se fazer de vítima é uma forma fácil de exercer poder sobre as pessoas e fazer com que elas façam o que você quiser. Ainda pior quando se usa um bebê pra isso - alguém jovem demais pra perceber o que está acontecendo.


E se as pessoas percebem o quanto isso é imaturo e ainda assim escolhem aceitar o jogo, é uma escolha feita.. e se essa pessoa escolhe abandonar os amigos, sabe disso e ainda assim persiste... o que se pode fazer? A vida é feita de escolhas, não é?



Realmente não consigo explicar o quanto me sinto decepcionada. E p* da vida também.



Ouvindo Camille - "Au Port"

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

do que me apetece

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e aí, uma coisa simples me deixa de bom humor.

E a pisar e repisar boas lembranças.

domingo, 17 de agosto de 2008

Alanis - Joining You



Uma coisa sobre a qual eu me indago bastante nessa vida é o por quê de Alanis Morissette simplesmente não ter dado certo. Aí eu assisto um vídeo desses e me sinto quase depressiva, ela era tão excelente! Tudo bem que o melhor CD dela foi mesmo o "Jagged Little Pill", mas ela continuou a fazer coisas ótima depois dele (como essa música aí), mas o tempo passou e aí foi só ladeira abaixo.

Alanis, volte a ser bicho-grilo, fikdik.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

guess who's back!

Meu brasil brasileiro, tô de volta à República das Bananas, do jeitinho, e dos cobradores que fazem o motorista parar o ônibus por uns 2 minutos para conversar com us colega (episódio vivenciado no domingo por esta que vos escreve).

Bem, o que eu achei mais legal nessa coisa de ir pra outro país é o estranhamento que isso traz... E vejam bem, passei apenas duas semanas fora, em uma viagem bem "turística", e já estou falando em estranhamento! Claro que é bem diferente quando você passa mais tempo e realmente vê como é a vida em outro lugar, mas acho que já dá pra ter um pequeno olhar diferente sobre as coisas. E não apenas aquela coisa de "nós e os outros", mas também de nós com nós mesmos, com o que é nosso. Quero dizer que a gente aprende a desnaturalizar (ainda que um pouco) tudo aquilo que, por nos ser familiar demais, corre o risco de passar como algo que sempre foi e sempre vai ser de uma determinada forma. Pelo menos foram alguma das minhas impressões, ainda que extremamente limitadas porque, oi, foram só duas semanas.

De toda forma, é claro que eu não deixei de lado o etnocentrismo que ronda sem cessar.. Mas fora alguns (muitos) cortes de cabelo desastrosos e algumas pessoas pseudo-modernetes que me pareceram, todas, saídas de uma novela dos Rebeldes, não tenho nada o que criticar quanto às pessoas - digo isso porque existe uma certa lenda em torno da arrogância argentina, especialmente em relação a brasileiros.. de fato conheci gente chata, mas que eram chatas por si mesmas e não pelo fato de eu ser brasileira ou algo assim. No geral conheci muita gente bacana, como também muita gente interessada no Brasil e no português. Tudo bem que pra eles Brasil = Rio de Janeiro ou Camboriú (e o resto é licença poética), mas isso está longe de ser uma impressão só deles. E bem, pra gente também Argentina = Buenos Aires, às vezes.
Eu e as meninas ficamos em um hostel cujo dono era judeu e onde, por isso, havia muitos israelitas.. Então acabei conversando mais com alguns israelitas (extremamente simpáticos!) do que com argentinos. E também com um russo (que morou em Israel a partir dos 10 anos de idade, hehe) que disse muitas coisas sobre o Brasil que eu não gostei de escutar, e que falou também que nós éramos as primeiras brasileiras inteligentes que ele conhecia. Não deu pra ficar exatemente feliz com o "elogio", e o mais triste disso tudo é que ele realmente estava sendo sincero, porque visivelmente começou a agir de forma diferente depois de algumas conversas com a gente.. No início ele era mais irônico, depois passou a ser mais respeitoso e etc. E eu super fui com a cara dele, apesar das opiniões bizarras e muito preconceituosas que ele emitia às vezes. No começo fiquei arrumando desculpas pra isso, dizendo que no fundo ele tinha aprendido as coisas assim e era por isso que pensava dessa forma, mas a Laura percebeu e me disse "olha, você está tentando justificar essas coisas que ele diz porque simpatizou com ele!". E bem, é verdade.. Todos são responsáveis pelo que pensam, não é mesmo?

A viagem foi muito divertida e em grande parte isso se deveu à capacidade que as meninas tiveram de levar tudo com bom humor, inclusive episódios em que nos perdemos por minha culpa (por exemplo), ou situações em que se poderia facilmente colocar a culpa em alguém, fazendo disso, pelo contrário, motivo pra rir sem ficar apontando quem fez isso ou aquilo errado. Isso foi bastante saudável, principalmente porque é bem difícil conviver por duas semanas em tempo quase que integral... E houve situações bem horríveis das quais rimos muito depois, como uma noite em Córdoba que passamos tremendo e sem conseguir dormir nem um minuto por causa do frio.

Mas teve situações totalmente excelentes, como o dia em que fomos ao tango. Sem noção o tanto que é bom dançar, e o tanto que é difícil também.. No lugar em que fomos, havia um casal mais velho (com certeza com mais de sessenta anos) e que dançava muito, muito bem. E era bonito demais ve-los dançando.

Bem... comento mais fatos conforme for me lembrando deles, haha. Ou quando eu conseguir revolver pra quê, afinal, eu tenho um blog. Pois é, ainda não sei.

Ouvindo Fiona Apple - Slow Like Honey