quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Feliz Natal, Brasil



Não é que eu odeie o Natal. Odiar é uma palavra forte. Eu até gosto. Com moderação.

Com muita moderação mesmo.

Ouvindo Cat Power - He Turns Down

domingo, 21 de dezembro de 2008

promessas de ano novo

a primeira delas: tentar ser uma pessoa mais generosa, comigo e com os outros. "generosa" em um sentido bem específico e que nada tem a ver com "bom coração"; como disse a CL, e eu gosto muito dessa idéia, nem a vida nem a literatura se fazem com bom coração, mas há algo que não se resume e tampouco se define por isso. é uma delicadeza mais sutil, necessária, mas que também exige certa coragem pra ser aceita.

é algo como o meu entendimento dessa delicadeza que eu queria cumprir.

Ouvindo The Strokes - Is this it

sábado, 20 de dezembro de 2008

das coisas que eu odeio

Tenho criado uma aversão toda especial por um certo tipo de gente que eu não sei definir muito bem, mas sei descrever aquilo que mais me incomoda: pessoas que não discutem. Bem, eu tenho o sério problema de gostar de discutir. Ok, meu Brasil, admitamos, eu sou uma chata, gosto de discordar e de criticar e de ver o que as pessoas vão achar disso e me dizer de volta. Ou, pelo menos, na maior parte do tempo. Muitas vezes não sou feliz no meu tom (arrogante/grossa/etc), mas sabe... ainda acho que há algo de bom no fato de as pessoas trocarem impressões, se dizerem coisas, e que seja, brigarem. Há certa dignidade, é o que eu penso, em tomar um lugar ou uma posição, seja lá qual for, embora de forma alguma eu ache que qualquer uma seja válida. MAS eu tenho me dado incrivelmente mal ao me relacionar (e ao me importar) com gente que é o inverso de mim. Que, se eu ofendo, se cala. Se eu brigo, não diz nada. Se eu sou babaca, julga em silêncio. Eu posso até ser uma idiota p.n.c. com certa frequência, mas por favor, jogue isso na minha cara e me deixe me explicar, dar minhas versões ou minhas desculpas esfarrapadas. O que eu odeio é o silêncio - um certo tipo de silêncio, que se não é resignação, é interrupção na comunicação. Ok, silêncio pode ser um tipo de comunicação (e um tipo que eu preciso aprender, pq tendo a falar sem parar e isso tampouco significa sempre comunicação), mas há silêncios funestos, que eu odeio, e com os quais eu, na minha tagarelice ansiosa, não sei lidar.

Ouvindo Carmen Consoli - Bonsai #1

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

sophie hunger

Procrastinar na internet é uma merda. Procrastinar no lastfm, youtube, ou qualquer coisa que envolva música é pior ainda porque de repente vc se depara com uma coisa que adora à primeira escuta e fica descontrol até fazer download e tudo o que vê pela frente. E fica escutando ao invés de escrever. E fica com as músicas na cabeça quando não está escutando.

Blame Sophie Hunger!

Ouvindo: NADA, juro, e com muita força de vontade. Mas com essa música aí embaixo na cabeça.


sábado, 8 de novembro de 2008

o pêndulo de foucault

Terminei de ler "O Pêndulo de Foucault" hoje - fato digno de nota porque o livro é excelente, então fica aqui a recomendação.
Bem, eu sou adepta do princípio "li até a vigésima página" e, como o nome sugere, eu espero que um livro me convença até a página 20 pra ver se continuo lendo ou não. No caso desse livro, uma vez passada a página 20, eu estava convencida de que valia a pena ler mas o fiz muito devagar até mais ou menos a página 60; depois disso o livro ficou totalmente excelente e viciante e eu simplesmente não conseguia deixá-lo de lado: procrastinava tanto lendo que isso quase acabou com a minha vida (hahahaha). De toda forma, nos últimos dias eu passei a um ritmo mais normal e menos desesperado de leitura e eu realmente me senti triste de ir chegando às últimas páginas - embora, obviamente, com a boa sensação de quando se termina um ótimo livro.
Não vou falar da trama aqui nem colocar trechos dele, em primeiro lugar porque eu não tenho talento suficiente pra fazer uma resenha literária e em segundo porque um trecho é sempre um fragmento, por conseguinte uma visão muitíssimo parcial e particular do livro; ok: isso não é necessariamente um problema, mas realmente não estou com vontade de fazer isso no caso desse livro. Acho que não gosto de fazê-lo no caso de livros que eu gosto muito.

Em tempo: não, o Fucô do título não tem a ver com nosso Fucô (aquele que gostamos tanto de citar com base em leituras de orelha e sem nos dignarmos a ler um livro inteiro)

Ou tem, vai saber.

Ouvindo Carmen Consoli - Sentivo L'odore

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

terça-feira, 4 de novembro de 2008

regrets

"don't ever let anyone ever say to you you shouldn't regret anything. Don't do that. Don't! You regret what you fucking want! Use that. Use that. Use that regret for anything, any way you want"

se magnolia já não fosse bom o suficiente, esse diálogo - e a aimee mann na trilha sonora - seriam o bastante para que eu gostasse do filme. "só não me arrependo do que não fiz" o caralho, no fundo todo mundo tem que lidar com as idiotices que faz. o que não quer dizer que se deva viver uma existência oprimida pela culpa, mas apenas que essa ideologia "uhu vida loka 100 comentários" (sic) é uma furada sem tamanho.

sem mais.

Ouvindo Camera Obscura - Tears for affairs

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

da série: monólogos inúteis

Um amigo meu uma vez me disse: "você é uma represa! Acumula raiva e de repente sai transbordando pra todo lado". Acho que isso é uma das coisas mais engraçadas e mais verdadeiras que ele já disse sobre mim, e bem... quem já me viu com raiva sabe como eu tendo a jogar minhas farpas pra todo lado por coisas aparentemente banais (para os outros). Eu não acumulo só raiva, mas também expectativas e às vezes opiniões - se eu ainda não te disse algo aparentemente sem sentido e sem contexto, um dia eu vou dizer. É que eu acumulo juízos de valor e de repente falo "olha, eu acho isso" - sendo que o timing do assunto já se foi a muito tempo e tal. Enfim, a segunda parte do parecer desse meu amigo era o fato de ele ser uma pessoa que sente ódio e eu sinto raiva: isso quer dizer que ele odeia por muito tempo, e eu tenho uma incapacidade crônica de sentir raiva depois de expressar minha fúria. A não ser que a pessoa seja realmente escrota e eu sinta nojo da cara dela e tal, eu nunca soube ficar "de mal" de ninguém. Isso me expõe a situações ridículas, do tipo pedir desculpas mais do que necessárias e, por sentimento de culpa, ser sempre o lado que dá o braço a torcer. Às vezes acho que isso é um defeito de formação (provavelmente decorrente do meu pai ter saído de casa e blablabla - OI EU ESTOU SENDO IRÔNICA - whatever). Talvez eu faça isso porque reprove mais atitudes do que pessoas - aprendi com titio weber a separar as esferas da vida social, pelo menos nesse sentido. De toda forma, o resto do mundo demora a compreender isso e eu tenho que ficar me explicando o tempo inteiro (oi, como se eu já não fizesse isso). Mas okei, talvez eu seja ofensiva. Na verdade, a depender do caso, eu sou cruel. Mas isso fica para outro monólogo, quando for o caso, porque sim, tô escrevendo tudo isso porque estou com raiva no momento e queria imaginar uma forma realmente racional de lidar com isso.

Ouvindo Stars - Look up

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

desapega


I don't love you anymore. Goodbye.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

ahazada

Sério. Fiquei realmente triste com o fato de o Gabeira não ter ganho pq era a única disputa eleitoral com que eu me importava de fato.
De toda forma, acá em Bêagá, entre a prepotência política de um oportunista metido a esperto e a prepotência de um grupo político metido numa aliança ridícula, acabei ficando com essa última. Oscilei até o fim entre votar ou não em nulo mas por fim achei que, dentre as escassas opções possíveis, o Quintão era a pior.

No mais,

- quem foi o burro que inventou essa história de monografia? só queria que a geração inteira do romantismo argentino tivesse morrido no anonimato.
- cansei de gente pau no cu. okei, só estou irritada. comigo mesma e com outras pessoas. cadê o manual de convívio social, pufavô?

Ouvindo Beirut - Postcards from Italy

sábado, 25 de outubro de 2008

escolha (eleitoral) difícil

senhor Pimentécio ou senhor Deus-está-comigo-e-dá-pra-fazer?


Na verdade minhas opções tem oscilado entre votar nulo ou votar na falsa esquerda. De início eu tendia a concordar com o João, que disse que embora fosse votar nulo sentia uma pequena coceirinha pra votar no Quintão só pq queria que o Pimentel sifudesse. Eu tb quero. Mas depois fiquei pensando na lista de coisas que todo mundo anda esbravejando que a cidade tem a perder com isso, e bem... não é de se duvidar, tendo em vista o passado político do moço Quintão e a própria forma como ele se apresenta. Ora bolas, não dá pra esperar que alguém que queira ser levado a sério fique forjando sotaques e trejeitos de acordo com a situação em que se encontra. Mesmo assim, eu resisto a votar no Lacerda porque me deu nojinho da prepotência política do grupo que está por trás dele em achar que poderiam jogar qq cara lá e a cidade aplaudiria. No fundo eu tenho a esperança ingênua de que se as coisas chegarem a ser ruins de fato poderia surgir daí um movimento de melhora; em suma, a esperança de que, em se ganhando o Quintão, as coisas vão piorar tanto que o próximo prefeito vai ser um cara bacanão e coisa e tal. Mas eu sei que isso é inocente, e que é provável que, se o Quintão estragar tudo como promete que vai estragar, o mesmo grupo de agora volte pra prefeitura e, pior, com mais legitimidade em função das caquinhas desse peemedebista.

Fuck.

Que percam os dois.


Ouvindo Stars - My favourite book

terça-feira, 14 de outubro de 2008

divagações sobre o nada e outras histórias

Brasilzão do meu corazón (ou escassos leitores do blog, hahaha). Bem sei que não ando frequente por aqui, embora tenha pensado em mil formas diferentes de atualizar essa budega. Mas ou a inspiração ou o ânimo me faltam, ao mesmo tempo em que cresce proporcionalmente o sentimento de culpa por gastar tempo (cada vez mais escasso) aqui - e quando digo "aqui" não me refiro apenas ao meu blog, mas também às visitas aos blogs alheios e a diversão (e a surpresa) ilimitadas de vasculhar blogs aleatórios por aí. Mas todos bem sabem que ando preocupada com a monografia (Francisco Bilbao, senhoras e senhores, é o nome do homem que me tira o sono ultimamente). E consequentemente ando especialmente dramática e birrenta. Ok, Lívia, você venceu: sou dramática mesmo, está em mim, não adianta tentar fazer "workshops de superação" hahaha. Ademais, reclamar tem sido meu esporte preferido - às vezes penso que sou uma alma de 80 anos aprisionada em um corpo de 23. SÉRIO. Só pra dar um exemplo, no sábado teve uma festa de 15 anos em Mariana. E todo mundo sabe da falta de criatividade das festas e bailes dos últimos tempos: primeiro todo mundo bebe, depois todo mundo dança música decadente (tias e primos dançando funk, coreografias que dão vergonha alheia, etc), e depois todo mundo coloca apetrechos distribuidos pelos garçons (anteninhas, óculos coloridos). É sempre assim, antes era divertido mas.. oi, toda vez? Alguém avisa que cansou? Bem, eu acompanhei as três etapas, mais sentada do que dançando com a galere, e depois de encher a cara de whisky (só faltou pedir ao garçom pra tocar Cauby, gente) eu constatei que só havia três horas que eu tava naquela festa. "Quê?? Vou dormir, me acorda depois", foi o que eu disse pra minha prima. E dormi mesmo. E esse é mais um exemplo da minha rabugisse dos últimos tempos (disfarçada aos mais desavisados pelo que a Laura chama de "falsa simpatia", porque ela fica puta em constatar como as pessoas confiam em uma menina risonha! hahahaha!).
Ok, nem tudo é assim. Mas um post alegrinho fica para os próximos dias.

Ouvindo Camille - Assise

E em tempo: agradecimentos ao anônimo que me cobriu enquanto eu dormia no sofá da festa, porque a solidariedade humana é uma coisa bonita.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

óbvio ululante

o ser humano é um projeto que não deu certo.

é o meu parecer.

Ouvindo Safety Bricks - Broken Social Scene presents Kevin Drew

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

'cuz I (heart) House

Burocracia, documentos, colegiado, trabalho, atas (muitas, muitas atas), atlas.ti, monografia, texto, estudo, francês, ansiedade, vida social quase nula.

Gente, sério. Ultimamente só o Hugh Laurie me faz feliz.



Fica aí o meu depoimento.

Ouvindo Regina Spektor - Us

terça-feira, 9 de setembro de 2008

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Não sabe organizar o próprio tempo. Procrastina além do normal. Não sabe se se sente triste por querer ir embora. Opta pelo mais fácil por não saber exatamente o que quer. Se explica o tempo inteiro. Precisa cortar o cabelo. Critica muito e age muito pouco. Auto-boicote. Às vezes não se reconhece mais. Acha que mudou em alguma coisa muito essencial, mas não sabe o quê - falta qualquer coisa que antes não faltava, ou sobra algo que antes não havia. Não sabe. Não sabe se é bom ou ruim. Queria que fosse bom. Às vezes finge que sabe. Ainda é viciada em café. Mas certas coisas nunca mudam, a fala desvirgulada não muda. Os dentes grandes e os olhos pequenos, o pé torto e a forma de rir de (quase) tudo (de piada de vesgo, jamais!). Ainda não sabe usar salto por causa do pé torto. E ainda é fascinada por Fernando Pessoa, por sotaques, por pessoas que cantam sozinhas na rua. Mas não gosta mais de chuva. E de mais um monte de coisas.

Ouvindo Yann Tiersen - J'y suis jamais allé

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

rage and dust

Se fazer de vítima é uma forma fácil de exercer poder sobre as pessoas e fazer com que elas façam o que você quiser. Ainda pior quando se usa um bebê pra isso - alguém jovem demais pra perceber o que está acontecendo.


E se as pessoas percebem o quanto isso é imaturo e ainda assim escolhem aceitar o jogo, é uma escolha feita.. e se essa pessoa escolhe abandonar os amigos, sabe disso e ainda assim persiste... o que se pode fazer? A vida é feita de escolhas, não é?



Realmente não consigo explicar o quanto me sinto decepcionada. E p* da vida também.



Ouvindo Camille - "Au Port"

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

do que me apetece

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e aí, uma coisa simples me deixa de bom humor.

E a pisar e repisar boas lembranças.

domingo, 17 de agosto de 2008

Alanis - Joining You



Uma coisa sobre a qual eu me indago bastante nessa vida é o por quê de Alanis Morissette simplesmente não ter dado certo. Aí eu assisto um vídeo desses e me sinto quase depressiva, ela era tão excelente! Tudo bem que o melhor CD dela foi mesmo o "Jagged Little Pill", mas ela continuou a fazer coisas ótima depois dele (como essa música aí), mas o tempo passou e aí foi só ladeira abaixo.

Alanis, volte a ser bicho-grilo, fikdik.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

guess who's back!

Meu brasil brasileiro, tô de volta à República das Bananas, do jeitinho, e dos cobradores que fazem o motorista parar o ônibus por uns 2 minutos para conversar com us colega (episódio vivenciado no domingo por esta que vos escreve).

Bem, o que eu achei mais legal nessa coisa de ir pra outro país é o estranhamento que isso traz... E vejam bem, passei apenas duas semanas fora, em uma viagem bem "turística", e já estou falando em estranhamento! Claro que é bem diferente quando você passa mais tempo e realmente vê como é a vida em outro lugar, mas acho que já dá pra ter um pequeno olhar diferente sobre as coisas. E não apenas aquela coisa de "nós e os outros", mas também de nós com nós mesmos, com o que é nosso. Quero dizer que a gente aprende a desnaturalizar (ainda que um pouco) tudo aquilo que, por nos ser familiar demais, corre o risco de passar como algo que sempre foi e sempre vai ser de uma determinada forma. Pelo menos foram alguma das minhas impressões, ainda que extremamente limitadas porque, oi, foram só duas semanas.

De toda forma, é claro que eu não deixei de lado o etnocentrismo que ronda sem cessar.. Mas fora alguns (muitos) cortes de cabelo desastrosos e algumas pessoas pseudo-modernetes que me pareceram, todas, saídas de uma novela dos Rebeldes, não tenho nada o que criticar quanto às pessoas - digo isso porque existe uma certa lenda em torno da arrogância argentina, especialmente em relação a brasileiros.. de fato conheci gente chata, mas que eram chatas por si mesmas e não pelo fato de eu ser brasileira ou algo assim. No geral conheci muita gente bacana, como também muita gente interessada no Brasil e no português. Tudo bem que pra eles Brasil = Rio de Janeiro ou Camboriú (e o resto é licença poética), mas isso está longe de ser uma impressão só deles. E bem, pra gente também Argentina = Buenos Aires, às vezes.
Eu e as meninas ficamos em um hostel cujo dono era judeu e onde, por isso, havia muitos israelitas.. Então acabei conversando mais com alguns israelitas (extremamente simpáticos!) do que com argentinos. E também com um russo (que morou em Israel a partir dos 10 anos de idade, hehe) que disse muitas coisas sobre o Brasil que eu não gostei de escutar, e que falou também que nós éramos as primeiras brasileiras inteligentes que ele conhecia. Não deu pra ficar exatemente feliz com o "elogio", e o mais triste disso tudo é que ele realmente estava sendo sincero, porque visivelmente começou a agir de forma diferente depois de algumas conversas com a gente.. No início ele era mais irônico, depois passou a ser mais respeitoso e etc. E eu super fui com a cara dele, apesar das opiniões bizarras e muito preconceituosas que ele emitia às vezes. No começo fiquei arrumando desculpas pra isso, dizendo que no fundo ele tinha aprendido as coisas assim e era por isso que pensava dessa forma, mas a Laura percebeu e me disse "olha, você está tentando justificar essas coisas que ele diz porque simpatizou com ele!". E bem, é verdade.. Todos são responsáveis pelo que pensam, não é mesmo?

A viagem foi muito divertida e em grande parte isso se deveu à capacidade que as meninas tiveram de levar tudo com bom humor, inclusive episódios em que nos perdemos por minha culpa (por exemplo), ou situações em que se poderia facilmente colocar a culpa em alguém, fazendo disso, pelo contrário, motivo pra rir sem ficar apontando quem fez isso ou aquilo errado. Isso foi bastante saudável, principalmente porque é bem difícil conviver por duas semanas em tempo quase que integral... E houve situações bem horríveis das quais rimos muito depois, como uma noite em Córdoba que passamos tremendo e sem conseguir dormir nem um minuto por causa do frio.

Mas teve situações totalmente excelentes, como o dia em que fomos ao tango. Sem noção o tanto que é bom dançar, e o tanto que é difícil também.. No lugar em que fomos, havia um casal mais velho (com certeza com mais de sessenta anos) e que dançava muito, muito bem. E era bonito demais ve-los dançando.

Bem... comento mais fatos conforme for me lembrando deles, haha. Ou quando eu conseguir revolver pra quê, afinal, eu tenho um blog. Pois é, ainda não sei.

Ouvindo Fiona Apple - Slow Like Honey

terça-feira, 15 de julho de 2008

agora

(esperar. tentar ler e inevitavelmente me distrair. comer chocolate pra acalmar a ansiedade. passar as mãos nos cabelos. pensar no que deveria ter feito nessa ou naquela situação. pensar na próxima semana. pensar nas próximas semanas. tenho que trazer presentes. pensar no próximo semestre. pensar no ano que vem. mudança. mudanças. a obrigação de escrever. a procrastinação. adiar. olhar o céu desde a minha janela. resposta que não vem. e como eu sou falante. inventar circunstâncias futuras. criar histórias na minha cabeça. não ver, e imaginar. lembrar. sentir. histórias incompletas. apego. desapego. superestimar. poesia. esperar.)

quarta-feira, 4 de junho de 2008

focando no profissional - parte 2



Pois é, meu Brasil. Assim tá difícil!!!
E outro dia (ok, na verdade foi ontem) caiu minha ficha de que já estamos em JUNHO. Junho, gente, como assim? Pra onde foram os outros meses??? O que eu fiz da minha vida??
Ok, nota mental: eu preciso parar com meus arroubos dramáticos. Tipo kill the drama, cut the bullshit. Mas serião, eu preciso encarar as coisas de uma forma menos... menos esse jeito que eu encaro sempre.
Já que fiz essa pausa pra divagações existenciais, a questão é que outro dia eu tava pensando algumas coisas que eu queria mudar - sabe, essas defeitos com os quais a gente vive há tanto tempo que se acostuma a eles até perceber que nem todo mundo é assim e, opa, existem outras formas de se viver. Sem me alongar em excesso - pq, como já diria uma sábia comunidade do orkut, divagações têm que ser curtas (e não é porque esse blog é meu que vou começar a fazer disso um lugar de desabafo descontrol) -, eu acho que saber encarar as coisas de uma forma mais lúcida não faria mal. Oi, cadê a divagação curta mesmo??

p.s.: Imagem roubada do orkut da Danusa. Tudo bem que ela nunca vai ver isso, mas fica a referência.

focando no profissional

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Contexto 1: e-mail contando fofocas. Raquel diz:

Tucha: Acho otimo o seu jeito de lidar com seus flertes!! Vc tem uma habilidade IN - CRI - VEL de enjoar das pessoas!



'BRIGADO!
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Contexto 2: Comentários do blog. Jão diz:

[...]Neim... Menino não Martha! Homem é o que você precisa :p



'BRIGADO DE NOVO!!!!!

domingo, 1 de junho de 2008

don't

eu odeio quando as pessoas criam expectativas em relação a mim. isso vale pra qualquer área da minha vida, incluindo os desastres que podem ser chamados, grosso modo, de (cof) "vida pessoal". óbvio que eu estou passando por uma situação que tem a ver com isso, e óbvio também que esta não é realmente a questão principal do problema. mas torna as coisas bem mais difíceis.
quanto à minha vida pessoal, a partir de agora declaro que estou "focando no profissional". é. eufemismo rlz.

Ouvindo la femme chocolat, Olivia Ruiz

sábado, 31 de maio de 2008

corrente (!)

ia postar uma coisa mais séria, mas vou deixar isso pra depois. por ora, vou postar uma corrente em que a dona natália me incluiu há tempos e só hoje a lerda aqui foi ver. é uma corrente sobre seis coisas que eu amo (catenna dele sei cose che amo), e eu acho que é mais ou menos assim, ó:

1 - eu amo tomar sol. de verdade. diz aí que dá câncer e tal, mas realmente me faz sentir bem , especialmente tomar sol no rosto - claro, em dias de frio/vento, mas não só nesses dias. em qq ocasião.

2 - eu amo queijo. tem coisa mais mineira que gostar de queijo? acho que a mineirice disso me faz gostar ainda mais, o que me leva tb à terceira coisa:

3 - eu amo sotaque mineiro. acho a coisa mais delícia que existe. no entanto:

4 - eu amo o rio de janeiro. ainda que a cidade se encontre sob péssima administração daqueles tais cariocas. é mais forte do que eu.

5 - eu amo músicas em italiano, as boas e as ruins. mentira, tem algumas ruins que eu não gosto de jeito nenhum, mas no geral até das barangonas eu gosto.

6 - eu amo dormir. meio paia pra uma última coisa a ser listada, né? mas sei lá.. eu realmente gosto de dormir, e modéstia à parte, faço isso muito bem. rs.

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seis pessoas que eu vou botar na roda, digo, na corrente:
1 - lu
2 - zé (não, zé, vc não escapou dessa!)
3 - ramiro
4 - joão paulo
5 - pedro taam
6 - arthur

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regulamento:
- indicar o link de quem vos convidou
- escrever o regulamento do jogo no próprio blog.
- citar as seis coisas objeto do jogo
- envolver outros seis personagens
- comunicar o convite aos seus amigos.

Ouvindo besame giuda, Carmen Consoli

quinta-feira, 29 de maio de 2008

A Passagem das Horas

"Assim fico, fico... Eu sou o que sempre quer partir,
E fica sempre, fica sempre, fica sempre,
Até à morte fica, mesmo que parta, fica, fica, fica... "

Eu sei que postar um poema do Pessoa é uma forma excessivamente clichê de se começar um blog, mas é que esse poema me veio à mente durante uma conversa hoje que me deixou um tanto tristonha, com uma amiga querida que me lembra esse trecho, e fica sempre, fica sempre.

Ouvindo mon petit vieux, Camille Dalmais.

1

Opa, então. Mudei de novo - primeiro, há tempos atrás, tinha mudado do fotolog pro blog. Agora mudei de blog, pq queria mudar o endereço e só assim mesmo. O endereço velho já não fazia muito sentido na época em que criei o antigo blog e agora faz menos ainda, e bem.. esse ao menos é engraçado (viu, gente? a intenção é ser um nome engraçado...). Ou isso pode ser decorrência da minha incapacidade crônica em terminar as coisas. E como eu tb tenho uma necessidade quase física de deletar coisas, o blog velho vai ser apagado (um dia, quando eu vencer a fadiga e descobrir como se faz isso).

Queria dizer tb que, como sempre, meus lapsos de (cof) criatividade vêm em momentos de procrastinação (procrastinar horas de sono vale??).

Ouvindo la demeure d'un ciel, Camille Dalmais.